domingo, 9 de março de 2008

DISPLAY E TRANSISTORES

Os fornos microondas usam dois tipos de displays mostradores: O de cristal líquido (do tipo que se usa em relógio e calculadora) e o fluorescente (que funciona como uma válvula eletrônica). Abaixo vemos estes dois tipos:


DISPLAYS FLUORESCENTES

Este é tipo mais usado pelos microondas pelo fato de emitir luz e poder ser visto em lugares escuros. Porém o consumo deste tipo é bem maior que o do tipo de cristal líquido. É formado por um tubo de vidro de onde se retirou o ar, alguns filamentos bem finos transversais bem perto do tubo, uma grade logo abaixo dos filamentos que cobre todos os segmentos e abaixo da grade única umas plaquinhas, sendo uma para cada segmento. Quando os filamentos acendem, eles emitem elétrons que passam pela grade e chegam nas placas produzindo uma luz azulada ou esverdeada em cada uma. O CI micro da placa controla a tensão a ser aplicada na grade e nas placas, fazendo os segmentos acenderem na sequência correta. Os filamentos estão nos pinos mais externos do display e são acesos por uma tensão de 3 V vinda do trafo da placa de controle. Abaixo vemos o detalhe ampliado de um display deste tipo:


Estes displays possuem uma mancha preta num dos cantos, onde foi feita a extração do ar. Se ele quebrar, entra ar no tubo, a mancha fica branca e o componente não acende mais.

DISPLAYS DE CRISTAL LÍQUIDO

Este tipo tem um consumo bem menor que o fluorescente, porém, como ele não emite luz, necessita de uma fonte luminosa para ser visto. O cristal líquido é uma substância cujas moléculas podem ser reorganizadas com a aplicação de uma tensão elétrica. Abaixo vemos o detalhe interno de um display deste tipo:





Observe como a lâmina de cristal líquido fica no meio de tudo. Os polarizadores são lâminas de vidro cheia de ranhuras, sendo o frontal com ranhuras horizontais e o traseiro com ranhuras verticais. Os dois eletrodos são onde se aplica a tensão e onde serão formados os números. Quando não se aplica a tensão, a luz passa pelo polarizador frontal e chega no cristal líquido. O cristal vira a luz em 90 °, ela consegue passar pelo polarizador traseiro, bate num espelho e volta pelo polarizador frontal não formando nenhum número. Quando se aplica tensão nos eletrodos, o cristal muda suas moléculas e não vira a luz. Desta forma a luz não passa pelo polarizador traseiro e aparece um traço preto (segmento de número) na parte frontal do componente. Aplicando tensão sequencialmente nos eletrodos ele forma os números. O display de cristal não necessita de um secundário de 3 V no trafo da placa como ocorre no fluorescente.

MEDIDA DE TENSÃO NO FILAMENTO
DISPLAY FLUORESCENTE

Abaixo vemos como deve ser feita esta medida usando a escala de ACV. Lembrando que se não tiver tensão nos filamentos do display, ele não acenderá:


TRANSÍSTORES DA PLACA DE CONTROLE


Os transístores são usados basicamente para acionar os relês do circuito de alta tensão , dos motores e da lâmpada. Um ou dois transístores são usados para amplificar o sinal de "beep" para o alto falante "buzzer" da placa. Alguns fornos usam transístores comuns, outros transístores "darlington" e outros transístores digitais (DT), ou seja, transístores com resistores embutidos funcionando como chave liga/desliga. Abaixo vemos o circuito de acionamento de alguns modelos de microondas:

TESTE DOS TRANSÍSTORES DO MICROONDAS

Abaixo vemos como deve ser testado o transístor DT (digital transístor) na escala de X1K do multitester. Este transístor só deve ser testado fora do circuito:

Este tipo possui dois resistores da ordem de kΩ internos. Portanto devemos testá-los em X1K. Com a ponta certa na base e a outra em cada terminal restante, o ponteiro indica o mesmo valor entre 5 kΩ e 100 kΩ. Usando a escala de X10K, entre coletor e emissor o ponteiro só deve mexer num sentido.
Os transístores comuns já foram explicados como devemos testá-los em outra parte deste site.
No caso dos transístores "Darlington" proceda da seguinte maneira: Em X1, ponta certa na base, a outra ponta em cada terminal, o ponteiro indica menor resistência no coletor e maior resistência no emissor. Ex: 10 Ω no coletor e 20 Ω no emissor. Em X10K entre coletor e emissor, o ponteiro só pode deflexionar num sentido. Lembrando que o "Darlington é formado por dois transístores e mais alguns componentes dentro da mesma cápsula.

MICROONDAS COM DOURADOR

Estes modelos possuem uma resistência douradora na parte superior da cavidade, semelhante a um forno elétrico. Esta resistência recebe o nome de "grill" ou "browner". Os fornos com esta resistência possuem um relê a mais na placa para ligá-la e assim dourar o alimento após o cozimento do mesmo. Abaixo vemos o aspecto físico e a maneira de testar uma resistência desta:


MEMBRANA DO FORNO MICROONDAS

É o teclado onde selecionamos as funções de controle do forno. É formada por duas lâminas de poliéster separadas por um plástico espaçador (nylon). Há contatos de grafite nas lâminas. Ao apertar uma tecla, o grafite da lâmina da frente encosta no da lâmina traseira e assim aciona aquela função. Abaixo vemos o aspecto físico deste componente e a estrutura interna:

A membrana difere de um modelo de forno para outro, assim como o restante da placa de controle, porém o funcionamento de todas seguem o mesmo princípio de funcionamento.
Este componente é um dos que mais dão defeito nos microondas, indo desde a quebra do "flat cable" por ressecamento até o desgastes do grafite por mau uso ou excesso de uso.
Abaixo vemos como deve ser feito o teste a frio e a quente neste componente:



A frio dá mais trabalho e consiste em manter uma tecla pressionada e medir os pares de terminais dois a dois até encontrar um que o ponteiro indica menos de 1K. Se o ponteiro não mexer em nenhum par com a tecla pressionada, a membrana está com defeito.
A quente faça o seguinte: Conecte a placa no forno sem a membrana. Não esqueça de desligar o primário do trafo de A.T. Ligue o forno na tomada e com um pedaço de fio toque em cada dois terminais onde a fita do teclado encaixa. Se as funções forem sendo acionadas, a placa está boa e a membrana deverá ser trocada. Se as funções não atuarem, o defeito é na placa.
A membrana é auto colante o painel do forno e antes de colá-la na sua posição definitiva, devemos encaixá-la no conector sem retirar o papel de trás (auto adesivo) e apertar as teclas. Se estas obedecerem aos comandos, pode-se destacá-la e colá-la em definitivo. Se não funcionar, devemos trocar a membrana onde foi comprada.

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